31 de julho de 2011

SÉTIMO DIA - 30 de Julho (Malmö - Amesterdão)

Na continuação da nossa actividade, e neste que já é o seu sétimo dia, começamos hoje a nossa viagem de regresso, desta vez experimentando um percurso diferente.
Uma vez mais, a jornada começou bem cedo, pela manhã. Saímos, passámos a ponte, seguimos para o ferry. Antes de passar ao relato do dia, que na sua primeira metade se restringiu à viagem entre Malmö e Amesterdão, e porque a Suécia sempre foi o nosso destino e o nosso maior objectivo, há que referir que a apreciação do país, em si, não é positiva. A estada num Jamboree mundial do Escutismo, nem que seja por umas simples horas, é um momento único na vida de qualquer um. No entanto, a Suécia, o seu país anfitrião foi talvez onde, por diversas razões, menos gostámos de estar. Na cidade, as estradas eram más, o espaço era sujo, pouco cuidado; nos arredores, as estradas também não eram melhores, a sinalização pouco ou nada indicava, os campos eram infinitos e a monotonia sufocava-nos. Por todo o lado, as pessoas mostravam-se indiferentes à permanência de 40 mil Escuteiros no seu país. Aos que os visitavam (como nós) revelavam a mesma indiferença e até alguma antipatia. Como é natural, alguns suecos, esforçavam-se por procurar a diferença e conseguiam ser excepção a esta triste avaliação. Estando o seu país a receber o maior evento do maior Movimento de Jovens do mundo, o seu povo não sabe o que é um Escuteiro ou nunca ouviu falar da palavra Jamboree. Principalmente dentro da Europa, a Suécia é tida como um grande país, não só pela sua área como pela sua influência enquanto potência económica. É elevada aos mais altos patamares dos níveis de desenvolvimento, atribuindo-se aos seus habitantes grandes índices de qualidade de vida. No entanto, e pela efémera experiência que pudemos viver nestes mais de dois dias, em muitos mais aspectos do que certamente imaginamos, Portugal é bem melhor que a Suécia.
Continuando, hoje foi um dos dias em que a viagem se revelou mais dura. Por uma série de motivos, sentimos que a chegada a Amesterdão, capital da Holanda, nos fugia e se atrasava a cada quilómetro.
Ainda assim, e devido ao reconhecido esforço dos condutores, conseguimos chegar, conseguimos ver e conhecer um pouco melhor a cidade e cumprir o plano estabelecido.
Amesterdão é uma das mais particulares capitais europeias. Apesar de ser conhecida pelo seu porto histórico e pelos seus museus, Amesterdão é também a capital da prostituição e da droga. Naquela que é a maior cidade dos Países Baixos, os comportamentos tidos comummente como errados, o consumo e a decadência tornaram-se demasiadamente naturais.
Ficando um pouco à parte da boémia que nos rodeava visitámos a casa de Anne Frank. Anne Frank foi uma adolescente alemã, de origem judaica, que se tornou vítima do Holocausto morrendo com apenas quinze anos num campo de concentração. Durante certa de dois anos, Anne e a família viveram escondidos num “Anexo Secreto” numa casa comercial em Amesterdão. Foi precisamente essa casa, hoje transformada na Casa-museu Anne Frank, que visitámos. Dentro dessas paredes Anne escreveu o seu diário, mais tarde publicado, e hoje uma das mais lidas, traduzidas e influentes obras de sempre.
Apesar de tudo o que já referimos sobre Amesterdão, a Holanda é também conhecida pelos seus vastos campos verdes ou coloridamente preenchidos com túlipas e pelos seus moinhos de água e de vento. Antes de sair da cidade, parámos ainda junto do Moinho de Goyer, um dos mais antigos moinhos da cidade de Amesterdão, hoje transformado numa cervejaria.
A nossa pernoita aconteceu junto ao aeroporto, num local onde proliferam apressadas lebres.
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